terça-feira, 29 de abril de 2008

"Abriu em mim um susto, porque: passarinho que se debruça - o vôo já está pronto!"


J G Rosa

segunda-feira, 14 de abril de 2008

MANUCA BANDUCA

Daqui a pouco eu começo a postar escritos meus, ainda tô com meio pé atrás!
Lá vai um desconhecidíssimo (que deveria ser famosíssimo) do meu amado Manuel Bandeira, um dos maiores poetas de todos os tempos da Brazuca. E é de Recife, terra minha muito amada!


ó, abre o olho:

Teresa, se algum dia um sujeito bancar o sentimental pra cima de você
E te jurar uma paixão do tamanho de um bonde
Se ele chorar
Se ele se ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredita não Teresa
É lágrima de cinema
É tapeação
Mentira
CAI FORA

domingo, 6 de abril de 2008

ESPECIAL DOMINGO DE CHUVA PÓS-SHOWS

Um que eu adoro de paixão...

POEMA QUE ACONTECEU

Nenhum desejo neste domingo
Nenhum problema nesta vida
O mundo parou de repente
Os homens ficaram calados
Domingo sem fim nem começo.

A mão que escreve este poema
Não sabe que está escrevendo
Mas é possível que se soubesse
Nem ligasse.

(Drummond de Andrade)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

1, 2, 3, passando o som!!!

Cheguei!!

Numa semana bem esbaforida, mas muito feliz, com clipe novo (não viu? Só falta você! http://www.youtube.com/watch?v=htecf8ZAjZY), shows sexta e sábado no Tom Jazz, terça-feira Villaggio Café (show especialíssimo, só voz e piano, no programa Papo de Músico), e reportagem na capa da Folha Ilustrada! Sobre a Virada Cultural!

Muitas outras boas novidades virão logo, e enquanto isso, inauguro este meu pequeno e querido espaço com um texto de Júlio Cortázar, um escritor que indico e insisto, sem medo de acertar em cheio!
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Instruções para cantar

Comece por quebrar os espelhos de sua casa, deixe cair os braços, olhe vagamente a parede, esqueça. Cante uma nota só, escute por dentro. Se ouvir (mas isto acontecerá muito depois) algo como uma paisagem afundada no medo, com fogueiras entre as pedras, com silhuetas seminuas de cócoras, acho que estará bem encaminhado, e do mesmo modo se ouvir um rio por onde descem barcos pintados de amarelo e preto, se ouvir um gosto de pão, um tato de dedos, uma sombra de cavalo. Depois compre cadernos de solfejo e uma casaca, e por favor não cante pelo nariz e deixe Schumann em paz.

(Júlio Cortázar)