terça-feira, 27 de maio de 2008

carochinha




Era uma vez. A menina que se apaixonou arrebatadoramente por um moço muito bonito que chegou em sua vida muito desavisadamente – sem permissões, previsões ou quês. Assim-assim: chegou um moço!. E ele está aí.
Um encanto, ali, entre eles, súbito: se em algum tempo foram desconhecidos, desligados um do outro, esse tempo era de há, longe, era excesso - tempo que sumiu no horizonte, tempo que não tem por onde puxar. E agora, agora sim!, era o tempo existente real, tempo-presente, que pulsa estoura transcende revolve,
e a história deles se inventando, graciosa; era um presentinho do acaso, feliz feliz feliz.
A Menina e o Moço: ancoraram-se um no outro, e àquela calma quente que exalava deles quando perto, àquilo chamaram-lhe Amor. E eram a Menina o Moço; Mulherão e Menininho; Tia e Tio; Tigresa e Canguru - língua tola e invejável dos amantes em sua adorável perdição.
E não há recanto onde caiba a dúvida de que eles foram felizes como não se imagina – e felizes muito para sempre, porque viviam felizes já-hoje, e Hoje tinha toda a beleza que o Sempre teimaria roubar:
Hoje chamava-se A Menina e o Moço.

E esta página é sem fim

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